Autor em Evidência

Meus amigos, é um absurdo o que está acontecendo com esses profissionais. Essa sim deve circular para todos nossos amigos.

Campanha “O AUTOR EM EVIDÊNCIA”.

Com adesão imediata de amigos compositores, dramaturgos e roteiristas, entre outros, Alfa Santos lança em Salvador a campanha “O Autor em Evidência” , que visa mobilizar a classe artística e o público de um modo geral em prol de agregar reconhecimento e melhorias nas formas e condições de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, tendo como base a consciência de que é ele, o autor, o responsável pela proposta e o pontapé inicial no surgimento de toda obra. E nos dias de hoje, por praticidade (a qual Alfa Santos denomina de superficialidade) de informação, nem sequer menciona-se o nome desse profissional na apresentação, execução ou divulgação de quaisquer obra, sobretudo a musical, que está tendo em seu consumo um apuro muito menos expressivo.
Ressalte-se ainda que, mesmo parecendo “advogar em causa própria”, o objetivo de Alfa Santos com essa campanha é reconquistar o espaço e o reconhecimento que lhes foram abruptamente tomados por descuidos e insensibilidades na apreciação das obras de arte coletivas, desconsiderando-as como um trabalho de grupo em que (os componentes estando ou não diretamente ligados), seu êxito se deve a um conjunto de contribuições imprescindíveis para o destino irrefutável da mesma.
Contribuição do amigo, compositor Alfa Santos

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SAUDADE

Que bela maça é este que a vida mostra-me? Provarei desta! Mas o que é isto que percebo em seu cheiro e em sua coloração? Agora sim percebo que o belo de nada vale, mas porque continuo eu a comer deste fruto maldito?
A necessidade do homem, é que ele tenha uma acompanhante para tuda a sua vivência e que a tenha em sua convivência. A beleza demonstrada por uma maçã não determina se ela estará no seu perfeito estado.
Qual dos homens ao construr algo não senta-se e planeja antecipadamente? Portanto, também é interessante que planejemos o que iremos fazer, para que possamos saber o que poderá acontecer.
Pois bem, o fruto que hora percebo não ser bom, é o que outrora semeei, a saber a Saudade. A saudade é um fruto que todos pensam ter uma certa beleza, porém revela-se para os que a provam o pior e mais mal cheiroso de todos.
Saudade, sentimento sem glamourt cujo objetivo é ser o transporte do sofrimento. Gostaria de experimentar tal amargor?
A resolução é que, práticas indevidas por mim foram realizadas, e hoje percebo qual mal cheiroso é o fruto colhido. O castigo, a disciplina e a correção a mim imposta é esta, que eu fique longe dos carinhos e de ouvir a voz da minha amada. À Deus peço perdão todos os dias, e qual é a atitude Dele?
A saudade é: A vontade que sinto de ter-te ao meu lado e quanto ao meu consolo é saber que Deus fará com que esta situação não se demore resolver. Obrigado Jeová por até este momento guardar o coração da minha amada e o meu.
Enquanto sito naõ se resolve, prossigo comendo deste fruto maldito. A saudade toma conta de mim, mas confio em Jeová que tudo se resolverá.

Fernando Guedes

RESTABELECIMENTO

Eu tenho uma meta, esta conseguirei.
Livre de sofrimento contigo viverei.
Impressionantemente consquistarei a vida.
E tu, estarás com uma linda veste comprida,
Lá esperando-me para amar estarás,
Brincando com o sofrimento ficarás, até eu voltar.
Arrebatar-te-ei desda brincadeira para a ti salvar.


Rirás um dia, de tudo que está a acontecer.
Estaremos juntos a rir de alegria por este sofrimento fim ter.
Inimaginável é a felicidade pelo restabelecimento,
Sofrer, só se entre mim e ti houver afastamento.


Gostosos serão so momentos que juntos passaremos.
Otimizaremos nossas vidas, pois em Jah, estaremos.
Menina faceira, fantástica e sofrida és.
Estarás a me esperar? Se não, atirarei-em em teus pés.
Sinceras são as palavras, não as que digo, mas as do coração.


Outrossim, escrevo não com a mente, mas com o coração,
Um instrumento errante não digno de escrever sentimentos tão puros.


Gritos emito e não sou ouvido.
Um gemido de dir declamo, mas,
Estou só e ninguém que quer pode ouvir.
Desculpas transmito com um cárdio comprimido,
Embora estejamos sem comunicação,
Sei que Deus as levará ao teu coração lindo e oprimido.

                         Fernando Guedes
                    03/01/2002

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O QUE DEVO SER?

Quem  é você que busca conquistar,
A tudo que puder obter?
Para que consigas, é até capaz de lutar.
Também, para que o que tens, não venha a perder.

Por que usar o explícito?
O obscuro também é entendido.
Afinal, tudo para ti é esquisito.
E o novo, ainda não sabes se é bonito.

Sorria com o que passas,
Pois existe alguém que tanto te gosta.
Não percas a inocência, que te fartas.
E assim, um dia outros venham a te dar as costas.

Devo eu agora ser teu amigo?
Ou será que amante?
Por tal dúvida obter, na tão amada encontro abrigo.

Até consigo ser,
Rejeitado e desejoso
Necessidade tenho de te ver,
E dos que sua atenção tem, sou invejoso.

LEMBRANDO

Hoje acordei imaginando a vida num tom
Pois o sonho que eu tive foi tão bom
Ela se aproximando
Linda, e eu me apaixonando
Imaginei, como seria bom
Ela me beijando.
Legião angélica me levando.
Basta querer beijá-la que vão me afastando
Ao acordar percebi que tudo pode ser real.

Hoje passei o dia lembrando do som,
As ondas quebrando no mar
Tua voz a me chamar
A brisa a nos sussurrar
Nascer do amar.
O vento a balançar teus cabelos,
A lua a beijar o teu rosto.
Lembranças que tenho com muito gosto.

Rio, sou muito grato a ti
Suas praias, seu mar, suas noites de verão.
A ti devo, toda essa  boa recordação.
Agora estou tão longe de você
Pra que o sonho não acabe
Voltarei a adormecer.
Hoje passei a noite imaginando um som
Pra poder dizer como tudo foi tão bom.
Você, a noite, o beijo, o frio, o calor
Tudo envolvido no nosso amor.
O sonho que tive, veio alegre a me falar
“Ela tua será”
Então, volto a sonhar.


                               Fernando Guedes


obs.: Este texto é letra de uma música.

VIDA

Hoje, você está aí,
Não se sabe onde estará.
Hoje, eu estou aqui,
Não sei o que será.


Cazú, dizia que a vida é louca.
Estava certo.
Hoje talvez não.
De mim ela é simplesmente absorta,
Não a quero mais por perto,
Todo o seu esforço é em vão.


Dá medo de tocar,
Tocar na vida,
Tocar ela.
Preciso reavivar,
Será que tem saída?
Meus dias são sua passarela.


Movimentos, agito, sensações.
Dor, amor, alegria.
Este é o kit que nos é oferecido.
Marasmos e frustrações,
Sofrimento, ódio nostalgia.
Ela que me consolaria me mantém ferido.


Não chores.
Não estou chorando.
Sorrias,
Não estou sorrindo.
Os instantes são meus algozes.
A mim torturando,
Apenas com o passar dos dias
A vida é o mal, ao qual estão me infligindo.


O que há de mal?
Não há nada.
Apenas embarcado nesta Nau,
Deixando minha alma nauseada.

Fernando Guedes
14/07/2011

POR HOJE

Se você vive, que pode negar a tua vida?
Se você não mais vive, quem poderia imaginar?
Nós não temos a morte no coração.
Mas como a podemos receber?


Por que há um ceifeiro desta colheita maldita?
Se a maldita é ceifada onde é o celeiro?
Onde estão guardados os produtos da colheita?


Não julgues! Como posso dizer isso?
O julgamento do maduro tem de ser feito.
Quem escolhe o que deve ser colhido?
Será que há uma colheita?
Será que a maldita pode ter vida?
Ou será que a vida pode ser mal dita?


Nove, são os meses que amadurece-se para a vida,
Dezenove é o tempo necessário para a colheita?
Onze uma quantidade que só permite duas unidades.
Unidade, de que serve o coletivo?
Dois milhares choram por nove horas,
Dezenove anos de sorrisos guardando o amadurecimento,
a escolha a incerteza.


Um segundo é suficiente?
Se o tempo tivesse 01 segundo a menos.
Se o mundo girasse menos.


“Oh! Deus permita que o sol fique parado”.
Permita que depois dos 09, um pouco mais dos dezenove e logo que inicie 2009,
O tempo pare. Só por um segundo.

Pedimos a derrocada do ceifeiro.
Vinte menos nove ou até dois mais nove,
Não importa como enxergue, as que veja,
Perceba o parentesco indivisível.
Não pretendo mais recordar,
Só por hoje esquecer da colheita.
Só por hoje matar o ceifeiro,
e não mais saber da existência de um celeiro.

Caso não houvesse um ceifeiro,
Caso não houvesse colheita,
Caso não existisse celeiro,
Como seria abençoada esta maldita?

Se há objetivos, por que não permissão para lançá-los.
Nascer, crescer, reproduzir e só depois ser colhido.
Não foi esse o acordo?
Por que mudar durante a jornada?

Sonho acordado, pois não tenho coragem de perder um segundo dormindo.
Por hoje só.

Fernando Guedes
01/01/2010

QUEM PODE SABER

Oi,
Eu não sei quem sou,

Saber faz diferença?

Sei que sou,


Daqui a pouco o que virá será o que passou,

Então por que me importar com o que virá?

Eu não me importo com o que passou,

Você virá?


Não há o que não me importa,

Não penso em nada,

Vivo cada instante que o antes corta,

Sinto muita dor que precisa ser sanada.


Tento escrever,

Para alcançar um objetivo,

O que me preocupa esquecer,

E então continuar vivo.


Viver,

Tarefa difícil, quando não se sabe quem é,

Não conhece o seu próprio ser,

E não se sabe o que passou, o que virá e o que é.


Solteiro, solitário,

Sozinho, Anacoreta.

Desconheço o meio que a mim aceita,

Vivo neste dilema diário.


Me importo novamente,

Com o que não me importo,

Não quero importar, fico absorto,

Trincafio-me como normalmente
.


Fernando Guedes
05/07/2011

EXISTO...?

Hoje sou o que não fui ontem,
Hoje sou o que não quero ser amanhã.
Ontem queria ser o que sou hoje.
Mas a mudança amedronta a nossa existência terçã.


A existência é a apirexia,
Entre a inexistência e a inexistência.
Aproveito este intervalo inferior a um dia.
Mas do ontem sofro muita influência.


O que fazer para que essa febre afaste-se de mim?
O que posso fazer para ter-vos próximos a mim?
O que não devo fazer para afastá-los,
E à vossa companhia a mim apascentar?


É complexo não ser de um eixo real,
Não permanecer na sobriedade,
Não vir de um ideal,
Nem ao menos tê-lo com seriedade.


Meus amigos existem,
Não faças-me de tôlo.
Não é porque se a ti vierem
Que estou agindo com dolo.


A minha é ignominiosa.
Não preciso de uma honrosa,
Não a mereço a bela existência
Que desfrutas com destreza habilidosa.


Fui,
Não vi.
Fico,
Não percebi.
Existo,
Não senti,
Inexistente, ignominiosa, desabilidosa
Existência do meu ser.

Fernando Guedes
29/08/2011

ELA

Ah bela arquitetura!
Colunas bem torneadas.
Funcional e com bom funcionamento.
Belíssimas torres de sustentação.
Os sons que emites,
São de bom grado.
A ressonância atinges com facilidade.
Sou suspeitoso, pois sou admirador.
Uma bela construção,
Feita de um modo atemorizante.
Tua cobertura dourada,
Tal qual o mais brilhante, raro, ouro.
Tua pintura tão alva quanto as pétala do lírio.
Tua fragrância, tão hipnotizante,
Faz-me lembrar da sinfonia de aromas num campo de flores.
Não há o que dizer, para expressar a admiração.

Sustentas, em teu interior,
Belíssimas idéias.
Atrai para ti todos os olhares.
Os meus, aliás, não conseguem desviar dos teus detalhes.
A tua fachada impressiona.
A tua grandeza, torna-me ínfimo.
A tua beleza, essa sim, torna-nos escravos.

A espontaneidade,
Faz-te mais bela.
Teu modo não tão reto,
E sim um tanto desajeitado,
Da o charme necessário,
Para me fazer sentir atraído.

O que fazer?
A única coisa que me é permitida,
Passar na tua frente, admirar à distância.
Não ouso, nem ao menos sentar à tua porta.
Passo, ao menos na calçada,
Todos os dias me vês,
Mas não percebes a mim.
Sou como os grãos de areia ao teu redor.
São muitos admiradores e sou apenas mais um.
Haverá um dia, e este será próximo,
Que não serei apenas um,
Mas, serei ‘O’.

Enquanto isso,
Deixo-me levar pelo vento,
Que me impulsiona para o teu lindo ornamento.

Fernando Guedes

terça-feira, 20 de setembro de 2011

VIDA VINDA DE LÁ

Hoje estou rompendo com você,
Não me procure mais,
Não há mais nada que se possa fazer,
Apenas a despedida à beira do cais.

Navegarei em sentido contrário,
Não mais seguirei a mesma trajetória.
Nesta involução a qual mantenho meu numerário,
No eixo de involução que une toda a minha história.

Volta, por quê?
Pra quê?
Quando e onde novamente encontro você?
Nem eu, nem você sabemos dizer.

Assim como faço, faças também,
Despeça, dispa-se, vamos além,
Venha sem perguntar a quem,
Não importa mais onde irei declamar o Amém.

De quem me despeço?
Dela, da perversa, da ingrata,
Da não viva vida que com tua respiração me mata,
Não mais olho pra ela, e todos meus crimes confesso.

Oh amiga, inexorável, somente tu ao Seol pode me encaminhar,
Com Hades,
acompanhado quero estar,
Chorarei, a todo tempo que tenho a companhia do Muar,
Perecerei no caso de ainda vivo estar.

Da vida, a morte é prima,
Com ambas e o transitório, é possível observar uma tercina.
Mas uma pela outra não prima.
E com morte, vida não rima,

Vou seguindo ate o fim chegar,
Na corrente contrária à evolução,
Involução em eixo sem fixação,
Norteado pela desnorteio de um obscuro luar.

                               Fernando Guedes
                                    11/04/2011

CORAÇÃO

Não estou perdido,
Só não sei por onde ando.

Não parece ter sentido,
Permito a vida ir me guiando. 

Ao me deixar guiar,
Não sei onde cheguei,
Terra estranha,
Parece que aqui sozinho estarei. 

O cárdio de outrem,
Porção de chão desconhecido.
não entendo mesmo que me falem,
antes de entender já terei perecido. 

Bomba do fluido da vida?
Não. Centro das emoções.
Daqui não vejo entrada, não vejo saída.
Então, fico quieto para não causar-lhe lesões. 

Sensação de aturdimento,
Não saber onde estou me causa sofrimento.
Não me permito desatento.
Por não saber onde estou, cair em lamento. 

Não ando por onde conheço,
Pois o conhecido e desfavorecido de graça.
Não quero saber como lhe pareço.
Sinto-me em outras terras perdido à praça.


           Fernando Guedes

AMIGOS

Reúno meus amigos,
Bebo uma coca-cola.
Em meio à noite,
À meia noite.
Contamos casos assombrosos,
Ao Léo,
Seja o Play ou o Brutal,
Um pouco de terror não nos faz mal.
Seja no caminho de casa
Ou no Luau,

Encontro meus amigos,
Em um copo de cerveja,
Ou numa garrafa de vinho.

om fones do mundo me desligo,
Ouço bolero, reggae o metal,
Brega ou axé,
Somente o silêncio me faz mal.
Não me assusto com o ouija
Nem vivo à marginal,
Me envolvo. Não devia?

Uma tarde de concertos
Ou tocando violão,
Não preocupado com os acertos,
Somente com a união.
Numa mesa de Bilhar
Risos e Graças,
Caminhando ou parados em um dos bancos da praça.

Chamo meus amigos,
Para uma despedida celebrar
Celebrar? Comemorar?
Ou Chorar? Prantear?

Não se vão velhos amigos,
Ainda que se vão,
sempre me levam consigo.

Fernando Guedes