Autor em Evidência

Meus amigos, é um absurdo o que está acontecendo com esses profissionais. Essa sim deve circular para todos nossos amigos.

Campanha “O AUTOR EM EVIDÊNCIA”.

Com adesão imediata de amigos compositores, dramaturgos e roteiristas, entre outros, Alfa Santos lança em Salvador a campanha “O Autor em Evidência” , que visa mobilizar a classe artística e o público de um modo geral em prol de agregar reconhecimento e melhorias nas formas e condições de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, tendo como base a consciência de que é ele, o autor, o responsável pela proposta e o pontapé inicial no surgimento de toda obra. E nos dias de hoje, por praticidade (a qual Alfa Santos denomina de superficialidade) de informação, nem sequer menciona-se o nome desse profissional na apresentação, execução ou divulgação de quaisquer obra, sobretudo a musical, que está tendo em seu consumo um apuro muito menos expressivo.
Ressalte-se ainda que, mesmo parecendo “advogar em causa própria”, o objetivo de Alfa Santos com essa campanha é reconquistar o espaço e o reconhecimento que lhes foram abruptamente tomados por descuidos e insensibilidades na apreciação das obras de arte coletivas, desconsiderando-as como um trabalho de grupo em que (os componentes estando ou não diretamente ligados), seu êxito se deve a um conjunto de contribuições imprescindíveis para o destino irrefutável da mesma.
Contribuição do amigo, compositor Alfa Santos

terça-feira, 22 de maio de 2012

SOCIEDADE MODERNA

Venham!
Levantem-se!
Falemos juntos.

Vamos!
Assentemos-nos,
falemos daquilo que mais sabemos.

Façamos o que mais conhecimento temos.
Julguemos,de acordo com o alvará.
Comentemos, de acordo com os nossos padrões!

Mas e o social?
Social!?
O que interessa este mal?
A quem importa o bem estar coletivo?

Não a nós,
Não estamos bem assim?
O que importa outras coisas então?

Julguemos primeiro.
Não percamos tempo.
Desfrutemos da verdade que sou posseiro.

O que é verdade?
Qual é a verdade?
Onde a podemos achar?

Verdade?
Quem se importa com a verdade?
Aliás, temos a nossa própria verdade para nos preocupar.

Falemos baixo,
Assim não seremos julgados.
O julgar, só a nós pertence.

Quem iria nos julgar?
Quem pode ser maior que nós?
Quem poderia estar no assento dos julgadores,
senão nós mesmos?

Tens razão,
Não somos menores que os julgados.
Mas, quem nos fez julgadores?

Importa?
faz sentido buscar a resposta que não se quer ouvir?
Quem julga por suas próprias falhas?

Não nós,
Não temos falhas.
Não podemos ser subjugados,
por nada, nem por ninguém.

Usufruamos de nossa própria ignorância.
Façamos desta, a nossa base julgadora.
Criemos, a nossa paz, diante da guerra alheia.

Tens razão,
somos só isso.
O nada, criado a base do nada.

Somos produtos da crueldade
por nós mesmos desenvolvida,
e por nós auto-absorvida.

Sou o que sou,
e não tenho medo de ser outra coisa.
aliás, o outro te amedronta?
O diferente lhe faz temer?
O igual não te faz tremer?
O que é olhar para si mesmo?
Narciso, oh santo Narciso!
Oh! senhor de toda sabedoria que nos guia.
 
                                                                                     Fernando Guedes