Hoje estou rompendo com você,
Não me procure mais,
Não há mais nada que se possa fazer,
Apenas a despedida à beira do cais.
Navegarei em sentido contrário,
Não mais seguirei a mesma trajetória.
Nesta involução a qual mantenho meu numerário,
No eixo de involução que une toda a minha história.
Volta, por quê?
Pra quê?
Quando e onde novamente encontro você?
Nem eu, nem você sabemos dizer.
Assim como faço, faças também,
Despeça, dispa-se, vamos além,
Venha sem perguntar a quem,
Não importa mais onde irei declamar o Amém.
De quem me despeço?
Dela, da perversa, da ingrata,
Da não viva vida que com tua respiração me mata,
Não mais olho pra ela, e todos meus crimes confesso.
Oh amiga, inexorável, somente tu ao Seol pode me encaminhar,
Com Hades,
acompanhado quero estar,
Chorarei, a todo tempo que tenho a companhia do Muar,
Perecerei no caso de ainda vivo estar.
Da vida, a morte é prima,
Com ambas e o transitório, é possível observar uma tercina.
Mas uma pela outra não prima.
E com morte, vida não rima,
Vou seguindo ate o fim chegar,
Na corrente contrária à evolução,
Involução em eixo sem fixação,
Norteado pela desnorteio de um obscuro luar.
Fernando Guedes
11/04/2011
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