A torre que procuro, parece, ter-se fechado.
Onde poderei encontrar a chave?
Por procurar e não obtê-la sinto-me amargurado
Se a tivesse encontrado buscaria agora desfrutar seu perfume suave.
Perfume, que não parece nunca aproximar-se
Torre que percebo de mim esconder-se
Amargos que meu paladar busca envolver-se
Chave que um ser como eu não pode apoderar-se.
Fui projetado de modo atemorizante.
Mas difença de projeto foi em mim implantada,
Não posso possuir-me de amor por entregar-me a amada,
Então morro sem usufruir de algo que é repousante.
Oh! Se tão somente usufuísse de tal repousante sentimento,
Sentiria-me hiperbólicamente felicitado.
Diria que fui dos homens o meis abençoado
Por saber e crer que estaria em seu pensamento.
Projetado perfeitamente fui por Deus.
Mas a vida faltou comigo.
Deixo que resolva-se com meu perfeito amigo,
Para que a vida de ponta se vive e eu veja a desfrutar dos carinhos teus.
Na semente que se laça ao solo,
Espera a germinação da pela planta.
Tornar-se-pa uma grande Árvore, que com sua graça encanta,
Aos apaixonados e a mim a lembrar dos carinhos ao seu colo.
Subirei na bela Árvore que encanta,
Poderei assim usufruir do projeto que não foi para mim
Enquanto o proibido é usufruído minh’alma canta,
E poderá descansar-se enfim.
O guardar dos meus sentimentos prazerirosos
Está mais difícil por querer subir à Árvore e à Torre.
O sentimento por ela representado, só deixa-nos desgostosos,
Mas incentiva a que cada um, do sofrimento se alforrie.
Fernando Guedes
09/04/2002
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