Só por um instante
Só por qualquer instante
Só pelo instantâneo
Só pelo contemporâneo.
Só agora,
Só daqui a algum tempo,
Só hoje,
Só estes dias,
Só esses dias.
Só sempre.
A existência deveria fugir,
Fugir por entre meus dedos,
Juntamente com a punição,
Deixar de existir.
O dom.
Não o de punir,
Mas o de inexistir,
Este sim, amedronta o ser.
Amedronta-me não te ter,
Não, nunca mais te ver,
Jamais feliz, ser,
Até que então, este instantâneo,
Não me consuma como o fogo,
Incitado pelo Contemporâneo,
E assim, saia eu, do corpo,
E, não mais exista, por pouco.
Fernando Guedes
13/03/2015
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